domingo, 15 de janeiro de 2012

Gênesis 13 -  "Saiu, pois, Abrão do Egito para o Neguébe, ele e sua mulher e tudo o que tinha, e Ló com ele. Era Abrão muito rico, possuía gado, prata e ouro". Acontece que tanto Abrão como Ló, tinha rebanhos e pastores. Ambos trabalharam intensamente para adquirir fortuna enquanto estavam no Egito. Os  pastores que trabalhavam uns para Ló, outros para Abrão, começaram a se desentender e findaram por se separar. Abrão foi para um lado com os seus e Ló, também com os seus foi para outro.
Gênesis 16 - Temendo nunca dar um filho a Abrão, Sarai mandou que ele possuísse sua empregada, Agar, uma egípcia. E assim rolou (Gn 16:4). Agar era natural do Egito com sua tradição, seus usos e costumes e foi dada a Sarai como presente do Faraó. É de se estranhar que uma hebréia até então se achando infértil, convencesse seu marido a manter relações sexuais com uma estrangeira. Que linhagem familiar era essa que passava na cabeça de Sarai? Ou era o remorso por ter sido conivente na trama malfadada que o marido inventara? É difícil aceitar que uma mulher hebréia cresse poder se realizar como mãe, adotando o filho de outra mulher com o seu marido. E Abrão desejando um filho apoderava-se voluptuosamente daquela mulher. Tempos depois Agar dava a luz um menino o qual foi chamado de Ismael. Sarai mostra-se enciumada porque Agar estava fazendo uma comida egípcia para Abrão. Discutem. Agar "joga na cara dela" que enquanto Sarai viveu no palácio do Faraó, se deleitou das comidas egípcias e não via nada errado. Além, é claro, de fazer sexo com o Faraó. Era latente em Sarai, o ciúme. Depois que Agar engravidou as brigas entre as duas eram constantes. Talvez pela gravidez, Agar criou "entojo" e vivia "enjoada" como vovó dizia. Abrão por sua vez estava sem saber o que fazer. Sarai foi reclamar para Abrão. Este lhe respondeu que tomasse as medidas que fossem pertinentes que fizesse o que achasse conveniente. Respaldada pelo marido, Sarai xingou Agar, de tudo quanto era nome feio, "esculhambou", escrachou. Disse-lhe tudo o que quis. Agar humilhada, arrasada, agredida, psicologicamente enfraquecida saiu pelo deserto, grávida, errante sem ter para onde ir. Desolada, caída junto a um poço de água, apareceu - lhe um anjo e a convenceu a voltar para junto da sua senhora e aceitar as humilhações. Passado o tempo de gestação, Agar deu a luz um filho e este foi crescendo. Aquela convivência continuava problemática. Agar era obrigada a agüentar aquela situação. O tempo passou e Sarai concebeu e deu a luz um filho: Isaque. Os meninos iam crescendo e Sarai vivia reclamando que o filho de Agar caçoava do seu filho Isaque. Como Sarai era sua esposa há mais tempo, preferiu deixar que esta decidisse o destino de Agar. A situação ficou insustentável e Abrão ajuntou pão e água e mandou Agar embora juntamente com o seu filho. Ela saiu pelo deserto, abandonada. Levava consigo seu filho, Ismael, que já era bastante crescido, um rapaz. O chato disso tudo é que Abrão tinha uma fortuna adquirida enquanto estava no Egito e mandou a mulher embora com uma mão na frente e outra atrás, e um filho ainda menor de idade. Sem profissão, sem trabalho. Foram embora para o deserto de Parã, onde Ismael cresceu.
Gênesis 20 -  Não se sabe como, mas Abrão havia perdido toda a sua fortuna. Depois que saiu do Egito, das terras do Faraó, vagou pela terra, errante, até chegar ao reino de Abimeleque, rei de Gerar. Contou-lhe sua história. Já não era o mesmo. Deus havia mudado o seu nome para Abraão. O nome de Sarai continuou o mesmo. Novamente mentiu a respeito do seu relacionamento com Sarai. Estava pobre, procurando a terra que jorrava leite e mel como Deus lhe prometera. Abimeleque tomou a Sarai e levou-a para os seus aposentos. Só que cansado como estava de um dia de trabalho árduo, dormiu sem desfrutar das carícias de Sarai. Dormiu e sonhou que a mulher era casada. Descontente com a mentira de Abrão, mandou-o embora do seu reino. Dessa vez escapou por pouco do chifre. Abimeleque não era chegado a comer mulher de ninguém. Já era madrugada quando Abimeleque sonhou. Acordou atordoado e imediatamente chamou todos os seus servos para lhes contar sobre o sonho. Aquilo foi um choque. Não esperava que aquele homem tivesse coragem de mentir. Foi um alvoroço no palácio. Abimeleque, puto da vida, acordou todo mundo para contar o sonho. "Filho da puta", "safado", "mentiroso", "corno", "gigolô". Além de outros adjetivos foi isso o que o rei pensou. Ainda assim, Abimeleque deu a Abraão ovelhas, bois, servos e servas, tudo avaliado em mil siclos de prata, segundo palavras do próprio Abimeleque. Porém mandou que eles fossem embora pra bem longe das suas terras.
Depois do desentendimento entre os vaqueiros de Abrão e os de Ló, este foi para a campina do Jordão e ia estendendo tenda até Sodoma.  Ló perdeu tudo o que tinha e foi levado cativo. Abrão sabendo disso juntou trezentos e dezoito homens dos seus, nascidos na sua família, na sua tribo e foi resgatar Ló, sua mulher suas filhas e genros e tudo o que possuía e os trouxe de volta para perto de si. Se bem que era no território de Sodoma. Nessa época Abrão morava um pouco mais adiante de Sodoma e Gomorra. Essas cidades não eram bem vista aos olhos de Deus, porque a devassidão havia tomado conta do povo. A putaria corria solta. Macumbaria, prostituição, vícios, jogos, assaltos, assassinatos, drogas.